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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Estamos bem!


Estamos bem. Não foi nada agradável chegar em casa e descobrir que delinqüentes haviam invadido nosso cantinho e levado nossas coisas, mas estamos bem. Primeiro notou-se a falta de uma bolsa. Depois, de mais outra. E então, notou-se uma bagunça fora do comum em um dos quartos. Pronto. Uma coisa era certa: alguém havia ingressado na casa sem nossa permissão. Alguém que não conhecíamos, e que não o fizera com boas intenções. Logo veio o desespero, quando descobriram que, dentre outras coisas, os documentos e cartões de crédito havia todos desaparecido. O que fazer? Chamar a polícia e registrar um B.O. Nada mais havia para se fazer. Estávamos de mãos atadas.
Quando a policia chegou, teve até quem xingasse os brigadianos, como se isso fosse resolver alguma coisa. Entendo que no calor do momento parecesse algo bem sensato a se fazer. Mas de fato nada resolveu. Cheguei a pensar, dada a reação de algumas pessoas, que nossa viagem terminaria ali, afinal de contas, alguns sequer tinham o que vestir, com exceção da roupa do corpo. Mas, logo uma luz surgiu. As carteiras foram todas encontradas e, para alívio geral, todos documentos e cartões lá estavam, intocados. Mas o choque do ocorrido ainda assolava nossas mentes. Como? Por que? Quem? Perguntas que fazíamos à toa, pois as devidas respostas não vieram, nem jamais virão.
Quando os ânimos se haviam acalmado, foi o momento de alguém tomar a liderança e encorajar os demais. Agradeço a essa pessoa pelas palavras reconfortantes e encorajadoras. E destaco um trecho de seu pequeno discurso: “Perdemos muitas coisas. Mas nós ainda temos uns aos outros, e é o que importa!”. Isso soou tão bonito, tão maravilhoso, tão... não dá para descrever. Ao menos para mim foi tocante. E daí que havíamos perdido muitas coisas? Roupas, perfumes, sapatos, dinheiro, celulares, câmeras... todas essas coisas eram importantes, tinham o seu valor. Mas não tanto a ponto de estragar nosso final de semana. Haviam nos tirado bens materiais, mas nossa alegria, nossa vontade de fazer festa e se divertir com as pessoas que estavam ao nosso redor, isso ninguém conseguiria tirar. Éramos uma família ali reunida. Uma grande família. A família Morgenstern! E assim como o brilho da estrela que dá nome à nossa família, a nossa felicidade seria a última coisa a se apagar.  E foi. Realmente foi. Erguemos a cabeça, e continuamos nossa estada na praia como se nada tivesse acontecido. Tínhamos uns aos outros, e era isso que importava. Por maiores que tivessem sido os prejuízos materiais, estarmos ali reunidos simplesmente não tinha preço. Lágrimas haviam sido derramadas, mas não superavam nem de longe os sorrisos e abraços que trocávamos, querendo através deles dizer: “ei amigo, eu estou aqui, e está tudo bem, porque estamos todos bem!” Continuamos com nossa festa, e logo já estávamos fazendo piadas sobre o ocorrido.
É certo que vai levar algum tempo para tudo entrar nos eixos (me refiro tanto ao lado psicológico quanto ao lado material da situação). Mas o mais importante aconteceu: nesse final de semana, pudemos ter uma idéia do quão forte somos como um grupo, como uma família. E se ainda restava alguma dúvida, agora creio que todos temos certeza de que, por mais desesperadora que possa parecer a situação, sempre poderemos sair dela numa boa, pois nós sempre teremos uns aos outros, e isso basta!

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