Olá!

Muito obrigado por estar acessando. Espero que gostes do conteúdo que encontrares aqui. E se não gostares, estou aberto à críticas construtivas... Boa leitura!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vereador x professor!


Não entendo porque algumas pessoas estão indignadas com o aumento salarial dos vereadores de Colinas. Gostaria que as pessoas que estão reclamando assumissem o cargo deles por quatro anos, para saber o quão árduo é exercer tal função. Vocês devem achar que é fácil, como disse o presidente da Câmara, senhor Fabiano Goldmeier, estar todos os finais de semana no meio do povo, em jogos de bocha ou futebol, sendo que frequentemente alguém pede ajuda financeira, e um vereador de verdade não pode dizer “não”! Logo se torna claro que um salário de R$1488,00 não é suficiente para os legisladores municipais, fazendo-se necessário um aumento de 14%, atingindo o valor aproximado de R$1.700,00.
            Ponto! Chega de ironias! Agora o papo é sério. Tu sabes qual a função de um vereador? Se a resposta que estás pensando é algo do tipo “elaborar projetos de lei, conversar com a população para ver o que lhes faz falta e tals”, então estás no caminho certo. Mas tenho certeza de que tua resposta não inclui como função de um vereador dar dinheiro para as pessoas, ou então ir a jogos de bocha e futebol, estou certo? Pois não é o que pensa um de nossos vereadores, que, aliás, preside a Câmara atualmente. Lamentável isso. Desde quando é função de um vereador auxiliar financeiramente de maneira pessoal um cidadão? Para começo de conversa, vereador nem profissão é, em minha opinião. Ninguém é vereador de fato. As pessoas apenas ocupam o cargo de vereador. Entendem a diferença? E é por isso que de quatro em quatro anos realizam-se eleições municipais: para que as pessoas da comunidade que tem boas ideias possam se revezar no cargo de vereador. Estar no meio do povo é importante para um vereador? Claro, desde que seja para ouvir o que o povo tem a dizer, e encaminhar suas reclamações/sugestões para uma esfera superior. Não é este o papel de um vereador? Numa democracia representativa, que é o sistema político vigente em nossa nação, creio que de fato seja. Agora: dar dinheiro para algumas pessoas... desculpem-me, mas eu conheço isso por outro nome, e não por função de vereador.
            Para concluir, façamos uma comparação: imagine um cargo que em termos de educação exija da pessoa apenas que ela seja alfabetizada. A jornada de trabalho oficial não atinge nem 2 horas semanais, e nesse pouco tempo de trabalho, o máximo que se faz é aprovar um ou outro projeto de lei e falar algumas palavrinhas na tribuna, agradecendo pela construção de uma parada de ônibus aqui, um quebra-molas ali, e assim por diante. Salário: R$1.488,00. Isto é um vereador (ou ao menos tem sido em nossa cidade). Agora imagine uma profissão que para ser exercida exige que a pessoa tenha no mínimo um curso superior, o que demanda anos e mais anos de estudo, e muitas vezes vultosas somas financeiras investidas nessa formação acadêmica. A jornada de trabalho mínima é de 20 horas semanais no local de trabalho, mais o trabalho que acaba acompanhando o profissional até a sua casa. São tarefas para planejar, matérias para se atualizar, provas para corrigir, notas para calcular. Muitas vezes ocupa-se inclusive o final de semana com atividades ligadas a profissão. Sem contar o estresse e o desgaste psicológico que muitas vezes o trabalho provoca, considerando-se a necessidade de lidar frequentemente com crianças e adolescentes rebeldes cheios de energia para gastar. Salário: R$1.193,00. Isto é um professor. E obviamente me refiro aos ganhos dos professores de nosso município. Pois bem. Os vereadores acham justo elevar o seu salário para R$1.700,00. Então qual seria o salário cabível para um professor?  Não representam eles uma classe de trabalhadores que deveria ser mais valorizada? Vangloriamo-nos por sermos um município livre de analfabetismo, com bom desempenho das nossas crianças na escola. Então porque não valorizar o profissional responsável por esses bons resultados? Todos nós sabemos que o futuro aos jovens pertence. E todos nós sabemos que um bom futuro depende de nossos jovens passarem pelas mãos de bons professores. E bons professores serão melhores ainda se forem mais bem remunerados. Disso todos nós sabemos? Acho que não. Acho que isso nunca passou pela cabeça dos vereadores. Mas tudo bem, eles precisam de mais dinheiro para distribuir entre seus eleitores. Só torço para que depois do aumento sobre um pouco de dinheiro para que eles possam comprar algo que certamente estão precisando. E por falar nisso, alguém aí sabe onde se compra vergonha na cara?

Ponto de vista


Hoje pela manhã vi alguns publicarem no face comentários criticando a reportagem do jornal O Informativo do Vale de hoje que fala a respeito de alguns sobreviventes do Holocausto que estiveram no vale, mais precisamente no Colégio Madre Bárbara palestrando na noite de ontem. Na verdade, não criticavam a reportagem como um todo, mas uma frase contida nela, a qual diz que “todos os alemães eram monstros na época”. Claramente nos parece algo arriscado de se afirmar, visto que sabemos que nem todos alemães concordavam com o regime nazista.
            Entendo perfeitamente que nós vejamos isso como um equívoco agora.  Mas voltemos 68 anos no tempo e coloquemo-nos no lugar do senhor Curtis Stanton (entrevistado na reportagem), que aos 14 anos foi enviado para Auschwitz e lá permaneceu por dois anos comendo o pão que o diabo amassou, vendo dezenas de milhares serem mortos e sem ter, no caso dele, ninguém para ajudar. Para ele, dentro dos muros do campo de concentração, todos os alemães eram, sim, monstros. É claro que havia alemães bons, como é o caso de Oskar Schindler, cujas ações em prol dos judeus foram eternizadas no filme A lista de Schindler. No entanto, precisamos entender que os judeus como o senhor Curtis não tiveram oportunidade de conhecer, na época, esses “alemães bons”.
            Portanto, o que quero dizer é que precisamos, antes de julgar se a afirmação é verdadeira ou não, entendê-la dentro do contexto correto. Imagine que tu tens 14 anos, és livre e vives com tua família. Num dia qualquer, tua família é separada de ti, tu és enviado para um lugar onde todos estão destinados a morrer e não há ninguém que possa te ajudar, pois no local onde tu te encontras, quem não está esperando pela morte, está esperando para matar! No entanto, tu consegues sobreviver. 68 anos depois do ocorrido, alguém pergunta pra ti se tu consideras o cara que ordenou essa matança (Hitler) um monstro. Tu respondes que todos do povo dele eram monstros na época. As pessoas que te ouvem responder sabem que isso não é totalmente verdadeiro. Mas infelizmente, o fato é que todas as pessoas que tu conheceste daquele povo agiram como monstros para contigo e teus semelhantes naquela época, dentro dos muros que te cercavam. Portanto, ninguém pode criticar a tua opinião, pois ela corresponde à realidade que tu conheceste. Trata-se de uma questão de ponto de vista.

Meus amigos-brinquedos


Ontem, eu era apenas um menino. Sem grandes preocupações, sem saber o que queria da vida. Tinha alguns poucos brinquedos, e era o que bastava para que eu fosse feliz! Lembro especialmente de um caminhãozinho de plástico de cor azul que eu chamava de “Fon-fon” (este nome, é claro, nada mais era do que a minha interpretação da buzina de um caminhão de verdade). Acordava cedo, amarrava uma cordinha na frente do pequeno veículo e conduzia-o estrada afora, indo e voltando em frente a minha casa! Nem as manhãs geladas de inverno me impediam de fazê-lo! Até era mais interessante, pois a neblina pesada fazia as coisas desaparecerem conforme eu delas me afastava, e isso era mágico! Mas mágico mesmo era o fato de todos meus brinquedos outrora terem possuído vida própria. Todos tinham nomes, família, origem, idéias, personalidades e vozes distintas! Todos eram meus grandes amigos! Hoje, no entanto, estão todos encaixotados e guardados no porão da minha casa.
O que houve com a vida que dentro deles habitava? Como é possível que já não mais conversem comigo? Como é possível que eu já não possa mais compartilhar meus segredos mais profundos com eles? O que houve com os meus brinquedos? Estão mortos? Ohh nãããoo!!! Não pode ser isto! Eles eram parte de mim. Então, se a vida que dentro deles habitava morreu... isso significa que parte de mim também está morta? Será mesmo essa a verdade? E se eu fosse até o porão, os tirasse da caixa onde jazem e os ressuscitasse? Será que tenho este poder? Hummm... creio que não! Eu há muito tempo que abandonei meus amigos-brinquedos! E depois de tanto tempo, não há amizade que retorne. Sabem... a amizade é um tipo de amor. O maior deles. E todo amor é como uma linda plantinha em um vasinho: por mais bela que ela possa ser, se ficar muito tempo sem ser regada... ela murcha, fica feia, e depois morre. Portanto... concluo que fui eu que deixei que minha amizade pelos meus brinquedos morresse! Sou eu o culpado por tê-los abandonado.  O amor pelos meus brinquedos é a plantinha que eu deixei de regar. Ela murchou, e já não vive mais (pausa para as lágrimas, hehe).
Sabem... pensar nos meus brinquedos abandonados me faz entristecer. Mas se perdi amigos-brinquedos, hoje tenho amigos de verdade! E vou fazer (assim como espero que você também faça) de tudo para que, daqui a alguns anos, eu não precise parar para pensar nesses amigos de verdade e lamentar da mesma forma que faço em relação aos meus amigos-brinquedos! Já deixei algumas plantinhas murcharem e não vou permitir que aconteça com mais nenhuma! Na verdade, assim como meus amigos-brinquedos estão encaixotados, meus amigos de verdade também estão guardados. Estes, porém, depositei em um lugar muito mais nobre: guardei-os há muito no meu coração, tranquei e joguei a chave fora e, portanto, de lá não podem mais sair!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Estamos bem!


Estamos bem. Não foi nada agradável chegar em casa e descobrir que delinqüentes haviam invadido nosso cantinho e levado nossas coisas, mas estamos bem. Primeiro notou-se a falta de uma bolsa. Depois, de mais outra. E então, notou-se uma bagunça fora do comum em um dos quartos. Pronto. Uma coisa era certa: alguém havia ingressado na casa sem nossa permissão. Alguém que não conhecíamos, e que não o fizera com boas intenções. Logo veio o desespero, quando descobriram que, dentre outras coisas, os documentos e cartões de crédito havia todos desaparecido. O que fazer? Chamar a polícia e registrar um B.O. Nada mais havia para se fazer. Estávamos de mãos atadas.
Quando a policia chegou, teve até quem xingasse os brigadianos, como se isso fosse resolver alguma coisa. Entendo que no calor do momento parecesse algo bem sensato a se fazer. Mas de fato nada resolveu. Cheguei a pensar, dada a reação de algumas pessoas, que nossa viagem terminaria ali, afinal de contas, alguns sequer tinham o que vestir, com exceção da roupa do corpo. Mas, logo uma luz surgiu. As carteiras foram todas encontradas e, para alívio geral, todos documentos e cartões lá estavam, intocados. Mas o choque do ocorrido ainda assolava nossas mentes. Como? Por que? Quem? Perguntas que fazíamos à toa, pois as devidas respostas não vieram, nem jamais virão.
Quando os ânimos se haviam acalmado, foi o momento de alguém tomar a liderança e encorajar os demais. Agradeço a essa pessoa pelas palavras reconfortantes e encorajadoras. E destaco um trecho de seu pequeno discurso: “Perdemos muitas coisas. Mas nós ainda temos uns aos outros, e é o que importa!”. Isso soou tão bonito, tão maravilhoso, tão... não dá para descrever. Ao menos para mim foi tocante. E daí que havíamos perdido muitas coisas? Roupas, perfumes, sapatos, dinheiro, celulares, câmeras... todas essas coisas eram importantes, tinham o seu valor. Mas não tanto a ponto de estragar nosso final de semana. Haviam nos tirado bens materiais, mas nossa alegria, nossa vontade de fazer festa e se divertir com as pessoas que estavam ao nosso redor, isso ninguém conseguiria tirar. Éramos uma família ali reunida. Uma grande família. A família Morgenstern! E assim como o brilho da estrela que dá nome à nossa família, a nossa felicidade seria a última coisa a se apagar.  E foi. Realmente foi. Erguemos a cabeça, e continuamos nossa estada na praia como se nada tivesse acontecido. Tínhamos uns aos outros, e era isso que importava. Por maiores que tivessem sido os prejuízos materiais, estarmos ali reunidos simplesmente não tinha preço. Lágrimas haviam sido derramadas, mas não superavam nem de longe os sorrisos e abraços que trocávamos, querendo através deles dizer: “ei amigo, eu estou aqui, e está tudo bem, porque estamos todos bem!” Continuamos com nossa festa, e logo já estávamos fazendo piadas sobre o ocorrido.
É certo que vai levar algum tempo para tudo entrar nos eixos (me refiro tanto ao lado psicológico quanto ao lado material da situação). Mas o mais importante aconteceu: nesse final de semana, pudemos ter uma idéia do quão forte somos como um grupo, como uma família. E se ainda restava alguma dúvida, agora creio que todos temos certeza de que, por mais desesperadora que possa parecer a situação, sempre poderemos sair dela numa boa, pois nós sempre teremos uns aos outros, e isso basta!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Água, água e mais água! (parte 2)

                Conforme eu havia prometido, aqui está o texto que fala de como se deve agir para amenizar as cheias em nossa região, passando, para tanto, pelo combate ao aquecimento global. Porém, devo dizer que não possuo a fórmula mágica para combater o aumento da temperatura do planeta, e creio que ninguém a possua. Portanto, o que vou fazer aqui é citar algumas atitudes que observo no meu dia-dia, e que com certeza não são nada legais.
            Primeiro: aqui em Colinas muitas pessoas “não sabem caminhar”. Digo isso devido ao fato de essas pessoas utilizarem seu automóvel para cobrir distancias muito pequenas dentro do próprio centro da cidade, seja para trabalho, lazer, compras, ou o que for. E, vejam só: algumas dessas pessoas são figuras bastante influentes em nosso município. Deveriam dar o exemplo para os demais, mas não o fazem. E também tem aquelas que não sabem se locomover sem seu veículo automotor no dia-dia, mas em momentos de folga, caminham quilômetros como forma de exercício físico e para manter a boa forma. Não percebem elas que, se simplesmente deixassem o carro na garagem para ir trabalhar, já estariam fazendo o seu exercício físico, unindo o útil ao agradável.
            Outra coisa: mesmo com coleta nas portas das casas, muitos moradores de nossa cidade ainda queimam o seu lixo sem nenhuma preocupação, principalmente da zona rural. Claro que em muitos casos trata-se de desinformação por parte dessas pessoas. Elas não sabem que estão prejudicando o meio ambiente ao incinerarem inocentemente os seus detritos domésticos. Mas... a quem cabe o trabalho de levar essa “informação” até as pessoas? Não seria função da administração municipal, através de campanhas de conscientização e coisas do gênero? É, creio que sim. Mas ninguém parece estar muito preocupado com isso. Quem sabe talvez ajude se eu escrever aqui: pessoal do interior, por favor, deixe que o caminhão da coleta leve o seu lixo embora. Vocês não devem queimá-lo. Combinado?
            Pra terminar: já reparam como a grande maioria dos jovens não vê a hora de fazer 18 anos para poder adquirir seu carro ou sua motocicleta? Sim, é um fato. Muito legal isso. Nossos jovens têm ao menos um objetivo, e isso é muito bom. Mas, ao adquirir um veículo esses jovens passam a andar sem parar pela cidade. Se eu tenho algo contra isso? Bem, vejamos: aumenta a poluição sonora, gera gastos para os próprios donos, e, é claro, acarreta um aumento considerável de poluição ambiental, considerando-se uma cidade do porte de Colinas. Então os jovens não deveriam dirigir, é isso? Deveriam andar apenas a pé ou de bicicleta? Não, é claro que não. O que quero dizer é que eles deveriam levar em conta as conseqüências de algumas “voltas” desnecessárias.
            E então? São ou não coisas do dia-dia, mas que nos passam despercebidas? Talvez não por não nos importarmos com o meio ambiente, mas por simplesmente não nos darmos conta de que essas pequenas coisas têm um impacto tão grande na natureza. E fica mais difícil ainda de perceber porque as consequências são bastante sutis. Aposto que você não havia associado as enchentes que temos enfrentado com o aquecimento global? Pois é.  A hora de corrigir erros é agora. Comece por pequenos atos, e já estará fazendo algo grandioso. Questione-se... mude!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ironia!

Sei que disse em meu texto anterior que o meu próximo texto falaria do que se pode fazer para amenizar os efeitos das cheias. Mas não pude deixar de comentar um fato que descobri esta noite. Trata-se da construção do mais alto edifício do mundo, a Kingdom Tower, que será erguida na cidade saudita de Jeddah  por ninguém menos do que a empreiteira Bin Laden Group, empresa pertencente à família de Osama Bin laden, o homem mais procurado de todos os tempos (agora já morto). E por que ele era o homem mais procurado do mundo? Por ter derrubado os prédios mais altos dos EUA: as torres gêmeas do World Trade Center, símbolos máximos do capitalismo americano. É...a vida é mesmo cheia de ironias!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Água, água e mais água!

Mais uma vez está chovendo em nosso vale. Isso já está se tornando monótono. Na semana passada, tivemos uma das maiores cheias de todos os tempos. O nível do rio Taquari atingiu a marca de 26,85 metros, segundo informações da Portobras, em Estrela. Como em cheias anteriores, muitas famílias tiveram de ser removidas de suas casas e encaminhadas a abrigos ou casas de familiares e amigos. Muitos perderam tudo o que possuíam. Em vários municípios da região, o montante das perdas somado chega folgado à casa dos milhões de reais. E todos, atingidos diretamente ou não, ficamos muito tristes com mais uma tragédia desse gênero.
 Mas esse tipo de evento é comum na região. Comum? Sim. Na última década, presenciamos a ocorrência de 19 cheias, entre grandes e pequenas. Mas isso é algo natural, não é? Um fenômeno climático contra o qual não podemos fazer nada, certo? Sim... e não. Veja bem: as cheias do Taquari passaram a ser monitoradas há 70 anos. Na década de 40, a ocorrência média de cheias foi de 0,3 ao ano. Na década seguinte, o índice baixou para 0,2 cheias/ano. Nos anos 60, a média voltou a subir, chegando à casa de 0,5 cheias ao ano. De 1971 a 1980, tivemos 4 cheias. Mais uma década, e o número deu um salto, indo para 1,1 cheias/ano. Nos anos 90, houve uma queda. Felizmente, tivemos apenas 2 inundações. Mas na última década, como que para recuperar o tempo perdido, “São Pedro” não poupou água, e enviou-nos 19 inundações, o que, logicamente, nos dá a incrível marca de 1,9 cheias ao ano. Cabe ressaltar, nesta parte do texto, que os dados aqui apresentados são fruto de uma extensa pesquisa por mim realizada. Sendo assim, é fato que, em apenas sete décadas, o índice médio de cheias passou de 0,3 para 1,9 ao ano. Muito interessante isso, não? Sim, bastante. Mas... a pergunta seguinte é: porque isso está acontecendo?
A resposta é bem simples: aquecimento global. Isso mesmo. Não, não estou falando nada de absurdo. Sabe... sempre que ouço falar nesse assunto, penso no derretimento das geleiras do Ártico. É o estereótipo que se criou para o assunto. E ainda: sempre que se fala do assunto na mídia, citam-se as conseqüências futuras do aumento da temperatura no planeta. Quanta hipocrisia. Meus queridos leitores, acordem! O aquecimento global há décadas já está provocando mudanças drásticas em nosso mundo, incluindo a nossa região. Nos meios de comunicação, ainda fala-se das medidas que devem ser tomadas para se evitar esse evento climático. Bobagem! Ninguém mais pode evitar as grandes catástrofes que estão por vir. Tudo o que nos resta é adotar hábitos que possam, talvez, reduzir os efeitos desastrosos do que nos aguarda no futuro.  Portanto, é fato: as cheias que temos vivenciado com certeza tornar-se-ão cada vez mais freqüentes e maiores (a propósito: na década de 40 tivemos 1 cheia acima dos 26 metros. Na última década, foram 4). Talvez você esteja se perguntando: “mas o que pode ser feito para amenizar as cheias, afinal?” É o assunto do meu próximo texto (para não me estender ainda mais aqui. Espero que leiam). Até!